23 de ago. de 2010

Queimadas Urbanas

3º Ano EM
Carga horária: 4h

CAPACIDADE

• Identificar regularidades em fenômenos e processos biológicos para construir generalizações, como perceber que a estabilidade de qualquer sistema vivo, seja um ecossistema, seja um organismo vivo, depende da perfeita interação entre seus componentes e processos e que alterações em qualquer de suas partes desequilibram seu funcionamento, às vezes de maneira irreversível, como ocorre em um ecossistema, por exemplo, quando ocorre perturbação em um dos níveis da teia alimentar.

APRENDIZAGENS ESPERADAS

• Identificação e descrição de diferentes representações de fenômenos biológicos a partir de textos e imagens.
• Consulta, análise e interpretação de textos e comunicações referentes aos assuntos estudados veiculados por diferentes meios.
• Conhecimentos sobre as principais formas de poluição ambiental (poluição do ar) e suas possíveis consequências para o ambiente e os seres vivos.
• Compreensão de que a interferência humana em comunidades naturais (desmatamentos, queimadas, etc.) pode provocar desequilíbrios ecológicos.
• Aplicação dos conhecimentos desenvolvidos em ecologia na discussão de maneiras para evitar ou minimizar os efeitos prejudiciais dessas interferências no ambiente natural.

RECURSOS

• Textos disponibilizados com antecedência na xérox ou distribuição de cópias no dia da aula para cada aluno ou grupo de alunos.
• Retroprojetor ou data show para exposição de textos e ou imagens.
• Sala de aula ou sala de vídeo (agendado previamente).

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS

Atividade 1
Situar os alunos em relação a:
O Estado do Acre apresentou o maior aumento do número de queimadas em 2005 com relação ao detectado no ano anterior. De um total de 605 pontos em 2004, observou-se uma evolução para 4.745 pontos em 2005, constituindo-se em acréscimo de 424,31% no total de pontos registrados de um ano para outro.
Mapa 1 (anexo)
Os municípios mais afetados foram os do extremo leste, numa área que abrange de Sena Madureira, Bujari, Porto Acre, Acrelândia, Rio Branco, Senador Guiomard, Plácido de Castro e Capixaba até Xapuri, Brasiléia e Assis Brasil. Notou-se, ainda, queimadas crescentes em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no limite ocidental da fronteira com o Estado do Amazonas.

Atividade 2
Durante a problematização exibir o Mapa 1, e discutir com os alunos o aumento significativo das queimadas que podem e evidenciam um processo de integração rodoviária e de desenvolvimento econômico muito importante. Rodovias estaduais e federais vêm sendo melhoradas e asfaltadas (saída para o Pacífico via Assis Brasil). A eletrificação rural e o crescimento urbano têm acompanhado esse desenvolvimento. Outro indicador relevante para o aumento substancial no número de queimadas é o excepcional crescimento do rebanho bovino. A segunda maior taxa de crescimento do rebanho bovino, entre 1990 e 2003, na Amazônia, foi observada no Estado do Acre: 12,6% ao ano, atrás apenas de Rondônia, com 14%. A taxa média de crescimento do rebanho no restante do Brasil, nesse período, foi de apenas 0,7% ao ano.
Ainda em relação ao mapa, será explicado aos alunos o que são pontos ou focos de queimadas para que este possa interagir com a legenda do mapa e fazer a correta leitura do mesmo. Questioná-los:

• A distribuição dos pontos de queimadas é homogênea em todo o Estado?
• Quais os municípios que estão no aglomerado de pontos?
• Em que região do mapa ocorre concentração acima de 15 pontos? Que eventos provocam esta concentração?
• Você acha que estes eventos são naturais ou provocados pela ação humana?

Atividade 3
A seguir será trabalhado o conceito de Poluição ambiental, tratando sobre os principais poluentes atmosféricos. A problemática das queimadas será abordada dentro deste contexto. O aluno será levado a entender como este fenômeno (provocado pela ação humana) se potencializa em épocas de estiagem com baixa umidade relativa do ar. Assim, será levado a compreender como a saúde humana é afetada, principalmente as relacionadas com as vias respiratórias.

Atividade 4
Para esta aula será utilizado um artigo do Jornal Página 20, sobre as queimadas urbanas em julho de 2010. O roteiro desta atividade está descrita em anexo. Pretende-se que o aluno interaja de forma adequada com o texto mobilizando todos os conhecimentos adquiridos a respeito do assunto. Assim como desenvolver uma postura positiva diante da problemática exposta.

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

• Observação, registro e análise:
- Dos conhecimentos que o aluno já possui sobre os temas e conceitos que serão estudados;
- De como o aluno procede enquanto realiza as atividades de estudo.
• Verificação da aquisição de nomenclatura específica da disciplina no discurso oral e produção escrita dos estudantes.
• Seleção de palavras-chave ou frases significativas de um texto e organização de esquema-síntese ou exposição oral.
• Questão-problema que envolva a transposição de fatos, conceitos e processos para situações reais ou simuladas: exemplos de perturbação ambiental.

ANEXOS

Atividade 1
Mapa 1- Evolução das queimadas observadas em 2005 no Estado do Acre.














Atividade 4
Atividade de leitura e produção textual com o uso de um artigo de jornal sobre as quimadas urbanas. As 12 questões formuladas auxiliam o aluno para uma maior interação com o texto.

1. O texto que você vai ler foi publicado num jornal escrito, você sabe quais as seções que compõem a estrutura de um jornal?

2. Que tipo de assunto pode ser publicado na seção Ciência e Meio Ambiente de um jornal?

3. Qual a sua impressão a respeito dessa imagem?














4. Você consegue prever do que tratará o texto e como será organizado tendo como referencia o título?
Alto índice de incendios



















5. O que se confirmou após a leitura do texto, quanto:
Ao assunto
Quanto à organização do texto
Quanto ao modo como a questão foi tratada

6. Abaixo do título da matéria há um enunciado “Bombeiros atendem 31 ocorrências de queimadas no fim de semana. Situação pode piorar nos próximos meses” que parte ou partes do texto confirmam o enunciado?

7. O que o Comandante do 1º BEPCIF considera “um saldo muito positivo”?

8. Qual a relação de “Não há previsão de chuvas e a umidade relativa do ar está baixa” com as queimadas?

9. No quarto parágrafo do texto existem duas idéias que se contrapõem, transcreva abaixo e destaque a conjunção que evidencia a contraposição.

10. Por que a fumaça produzida durante as queimadas é um risco para a saúde?

11. Que atitudes se esperam do leitor desse texto?

12. Se você tivesse que advertir alguém prestes a fazer uso inadequado do fogo, que argumentos usaria? Crie um pequeno texto com esses argumentos.

Material de apoio

Estiagem
A seca ou estiagem é um fenômeno climático causado pela insuficiência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande.
Existe uma pequena diferença entre seca e estiagem pois estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo ou seja a estiagem não é permanente, já a seca é permanente.

Doenças relacionadas às queimadas
A degradação da floresta está longe de ser a única conseqüência das queimadas na Amazônia. Essa atividade tem um profundo impacto sobre a saúde dos habitantes da região, como mostra um estudo da Universidade Federal do Acre (Ufac) que monitorou o efeito das queimadas sobre a população de baixa renda em Rio Branco, capital do estado. Os resultados são alarmantes: dentre os indivíduos analisados pelos pesquisadores, 90% apresentavam doenças respiratórias ou oculares.
A poeira e a fuligem produzidas pelas queimadas prejudicam a saúde humana, principalmente a da população de baixa renda e de idosos e crianças. Essas partículas suspensas no ar, especialmente as que podem passar através dos pêlos do nariz, chegam até os pulmões e causam uma série de doenças respiratórias, como asma e bronquite. A poeira também irrita as mucosas dos olhos, que ficam constantemente avermelhados.

Umidade relativa do ar
É a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Ela é um dos indicadores usados na meteorologia para se saber como o tempo se comportará (fazer previsões).
Essa umidade presente no ar é decorrente de uma das fases do ciclo hidrológico, o processo de evaporação da água. O vapor de água sobe para a atmosfera e se acumula em forma de nuvens, mas uma parte passa a compor o ar que circula na atmosfera.
Porém, o ar, assim como qualquer outra substância, possui um limite até o qual ele absorve a água (ponto de saturação). Abaixo do ponto de saturação, há o ponto de orvalho (quando a umidade se acumula sob a forma de pequenas gotas ou neblina) e, acima dele, a água se precipita na forma de chuva.
A umidade relativa do ar varia de acordo com a temperatura (a 0ºC a umidade relativa do ar é de 4,9g/m³ e a 20ºC é de 17,3g/m³), a presença ou não de florestas ou vegetação, rios e represas (desertos, por exemplo, tem a umidade relativa do ar muito baixa) e, mesmo, à queda da temperatura (orvalho).
Em um deserto a umidade relativa do ar pode chegar a 15%, sendo que a média mundial é de 60%. Quando a umidade do ar está muito baixa, ou mesmo, muito alta pode haver problemas, principalmente respiratórios. Com a umidade muito baixa (menos que 30%), as alergias, sinusites, asmas e outras doenças tendem a se agravar. Já, quando a umidade relativa do ar é muito alta, podem surgir fungos, mofos, bolores e ácaros.
O curioso é que mesmo quando a temperatura está baixa (mais ou menos 24ºC), se a umidade relativa do ar for muito alta, você sente calor do mesmo jeito, porque o suor evapora de sua pele com mais dificuldade o que faz com que a sensação térmica seja mais alta. Da mesma forma, se estiver muito quente e a umidade relativa do ar muito baixa, você conseguirá suportar até 37ºC sem passar mal porque seu suor evaporará mais rápido resfriando seu corpo.
O instrumento usado para medir a umidade relativa do ar é o higrômetro. Ele geralmente é feito usando-se sais de lítio que apresentam uma resistência variável de acordo com a quantidade de água absorvida.
Por Caroline Faria, http://www.etec.com.br/

CIOSP
O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública - CIOSP, unidade de gestão compartilhada, instituído na estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. Tem por finalidade centralizar e otimizar os serviços de atendimento e despacho de ocorrências de emergência.
Nos seus mais diversos aspectos, coordena as ações de respostas integradas às solicitações emergenciais, colaborando no controle operacional da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Garantindo que atuem de forma complementar e harmônica, centralizando, integrando e otimizando as atividades preventivas, repressivas e de socorro à população.
Dividindo o mesmo ambiente físico com as instituições que o compõem, permite a gestão compartilhada de meios materiais, humanos e de informações buscando a eficiência a eficácia e, sobretudo a efetividade das ações de segurança o que resulta em um melhor atendimento à sociedade.

Plano de contingência
O Plano de Contingência define a estrutura organizacional, os procedimentos e os recursos disponíveis para resposta a eventos adversos/desastres que possam ocorrer em nossa cidade, direcionando as ações dos diversos órgãos públicos: Municipal, Estadual e Federal e os mais diversos segmentos da sociedade organizada e das comunidades.

Fiscal ambiental
Profissional envolvido nas atividades de planejamento e desenvolvimento de ações de fiscalização de acidentes ambientais, realizando vistorias técnicas, monitoramento ambiental e averiguação das denuncias referente a crimes ambientais. Cabe a este profissional, a aplicação de penalidades cabíveis quando da constatação do descumprimento da legislação ambiental. Assim, é o responsável pela elaboração de pareceres técnicos relacionados aos danos provocados ao meio ambiente em razão de acidentes/crimes ambientais. Também, cabem-lhe as análises e emissões de pareceres a respeito de projetos de recuperação de áreas degradadas e estudos ambientais, elaboração de relatórios, pesquisas e estudos ao desenvolvimento das atribuições da gerencia de fiscalização.
Fonte: SEMEIA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MIRANDA, E. E. etal. Comunicado técnico: Queimadas na Amazônia Brasileira em 2005. EMBRAPA, Campinas – SP, 2006.

AMABIS, J. M.; Martho G. R. Biologia das populações. 3. Ed. Moderna, São Paulo, 2009. 496 p., v. 3.

MENDES, Lyslane. Alto índice de incêndios. Página 20. Rio Branco, 06 de julho. 2010.