BIOLOGIA
3º Ano - EM
Carga horária: 4h
CAPACIDADE
Utilizar-se de diferentes
meios - observação por instrumentos ou à vista desarmada, experimentação,
pesquisa bibliográfica, entrevistas, leitura de textos ou de resenhas,
trabalhos científicos ou de divulgação - para obter informações sobre fenômenos
biológicos, características do ambiente, dos seres vivos e das interações
estabelecidas em seus habitats.
CONTEÚDOS
- Identificação e descrição de diferentes representações de fenômenos biológicos a partir de textos e imagens.
- Reconhecimento da importância da classificação biológica para a organização e compreensão da enorme diversidade dos seres vivos.
- Utilização dos principais critérios de classificação, das regras de nomenclatura e das categorias taxonômicas reconhecidas atualmente, considerando a diversidade do filo Arthropoda.
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
SITUAÇÃO 1
Comunicar aos
alunos que, para esta aula, trataremos especificamente dos "insetos".
Para tanto, alguns questionamentos serão lançados a fim de perceber o que os
alunos conhecem sobre os insetos e conduzi-los mais estrategicamente para o
texto posteriormente apresentado.
- Os insetos são animais apenas prejudiciais?
é muito comum que se pense que insetos são nojentos e
extremamente nocivos, nesse questionamento é possível ampliar essa percepção dos
alunos sobre os insetos, comentando sobre sua diversidade e importância
ecológica, por exemplo.
- Conhece alguma praga ou doença provocada por insetos?
as citações são mais comuns, possivelmente por isso
haja uma percepção mais pejorativa sobre os insetos.
- Conhece algum produto industrializado derivado de insetos?
podem surgir citações como: mel, seda e corantes. Mas
pouco se conhece sobre o crescente uso de insetos, como alternativa à proteína
de soja, em ração animal. Esses usos podem ampliar a percepção
sobre eles.
- Por que é importante seu estudo nas mais diversas áreas da ciência?
os questionamentos anteriores e suas possíveis
respostas convergem nessa última. Justamente pela importância dos insetos, seja
como pragas ou polinizadoras, é que a ciência tem dedicado esforços para
estudar e compreender os insetos.
SITUAÇÃO 2
A turma será
dividida em 10 grupos, cada grupo deverá ter pelo menos uma cópia impressa do
texto (em anexo), no entanto, com antecedência, será disponibilizado o
mesmo texto para todos os alunos em formato digital para que possam realizar os
procedimentos da atividade com uso dos seus celulares.
Orientar a leitura
do texto através dos seguintes procedimentos:
- Fazer a primeira leitura (individual) geral do texto – sem fazer marcações;
- Numerar os parágrafos;
- Identificar e procurar e/ou consultar com o professor sobre o significado de palavras ou conceitos que o aluno não conheça;
- Fazer a segunda leitura, destacando em cada parágrafo a palavra ou palavras-chave;
- Identificar as ideias principais e secundárias dos parágrafos.
Após concluída a
leitura, cada grupo deve representar o entendimento das informações coletadas em
um único modelo de mapa conceitual, os alunos devem discutir entre si para
consolidar as informações do texto no mapa conceitual (modelo em anexo).
Em seguida, um
grupo é convidado para socializar seu mapa conceitual, e conforme os alunos vão
expondo sua construção, o professor faz intervenções (que se estende aos demais
grupos) com a finalidade de ajustar e/ou corrigir a compreensão dos conceitos
discutidos.
Ao
final dessa atividade é importante que os alunos entendam que, o estudo dos insetos tem ajudado muitos cientistas a resolverem
problemas relacionados com hereditariedade, evolução, medicina, agricultura,
sociologia, entre outras questões. Por isso, o nome que é dado a um inseto ou
qualquer outro ser é universal e é base de toda a comunicação entre os
pesquisadores e de toda pesquisa. Na proposta seguinte, os alunos serão
desafiados a vivenciar o papel do cientista no momento de identificar,
cientificamente, um inseto.
SITUAÇÃO 3
Com o uso da imagem
(pode ser projetada em Data show) de um gafanhoto e da Chave de identificação
para ordem de insetos, demonstrar para os alunos como proceder para identificar
a Ordem do gafanhoto. Chamar a tenção para os detalhes anatômicos dos insetos
na hora de usar a Chave de identificação.
Todos os alunos
devem ter em mãos o texto com a Chave de Identificação, mas também podem fazer
uso do arquivo digital (disponibilizado com antecedência). No texto há mais
orientações sobre o uso da chave e constam as imagens dos 6 insetos que devem
identificar. A atividade é individual, mas os alunos podem se mobilizar para
fazer consultas entre eles. Estas consultas devem se pautar no entendimento das
informações e orientações do texto para conseguirem identificar os insetos e
não em procurar "colar" as respostas (deve ser combinado com a
turma). Ao final da atividade, verificar se todos conseguiram identificar a
Ordem correta de cada inseto sanando as dificuldades observadas.
ATITUDINAL ENVOLVIDO NAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS
- Participação no levantamento de conhecimentos prévios, respeitando a fala e ideias dos demais colegas;
- Envolvimento proativo com a leitura do texto 1 e contribuições no grupo;
- Realizar a atividade conforme combinado, sob consultas em caso necessário, mas sem "colar" as respostas.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
- Observação, registro e análise: dos conhecimentos que o aluno já possui sobre os insetos; de como o aluno procede enquanto realiza as atividades de estudo.
- Acompanhamento dos trabalhos dos alunos durante as atividades investigativas.
- Mapas conceituais elaborados a partir das leituras.
- Avaliação da realização e disposição do aluno no uso da chave de identificação de insetos.
RECURSOS
Textos, Data show, celulares para consulta de
textos digitais.
ANEXOS
Texto 1
OS INSETOS
São os animais mais abundantes, bem
sucedidos e distribuídos entre os terrestres e, segundo estimativas, existem
entre 5 e 10 milhões de espécies. Esses invertebrados podem viver em locais
secos e alguns deles podem até voar, permitindo que se protejam dos inimigos e
capturem suas presas com mais agilidade. Em todos os habitats, exceto no mar,
são muito abundantes, vivendo no solo, nas plantas, em água salobra e doce e, inclusive,
sobre outros animais. Seu ciclo de vida é curto, mas em compensação
multiplicam-se rapidamente.
Muitos insetos, apesar de sua fama,
produzem efeitos positivos e trazem benefícios para o ser humano. Por exemplo, as
abelhas que produzem mel, o bicho-da-seda pela produção da seda, entre outros. Alguns
insetos fazem a decomposição dos cadáveres de animais e plantas. A contribuição
destes para o meio ambiente é imensa, pois colabora com a reciclagem dos
nutrientes que são essenciais para o metabolismo de qualquer ser vivo.
Além disso, tem papel importante na
polinização das plantas que, em sua maioria, depende dos insetos para isso. Sua
importância, também, se deve ao fator mais simples da natureza: a cadeia
alimentar. Muitos animais como pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos
se alimentam dos insetos e, portanto, sem eles estariam extintos.
Apesar de seus benefícios, alguns
insetos causam muitos danos à agricultura, fazendo com que agricultores percam
plantações inteiras devido às infestações. Nestas plantações, os agricultores
começaram a usar inseticidas evitando estas pragas, mas causando a poluição do
solo e da água, causando problemas de saúde inclusive para as pessoas. As
pragas também estão presentes na pecuária, como a mosca do berne, na transmissão
de doenças como a dengue, a malária, a elefantíase e a febre amarela, entre
muitas outras.
Para qualquer espécie de inseto
daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitoide ou predadora dela. Por
essa razão, o uso de inseticidas pode ter o efeito contrário ao
desejado, uma vez que matam, não só os insetos que se pretendem eliminar, mas
também os seus inimigos naturais.
O QUE É ENTOMOLOGIA?
Entomologia é uma palavra que
deriva das terminações gregas "entomos" que significa insetos e
"logos" que significa ciência, estudo.
Como foi dito, alguns insetos podem
constituir pragas agrícolas extremamente sérias, capazes de gerar prejuízos de
milhões de dólares. Precisamos conhecê-los para poder controlá-los. Além disso,
os insetos servem como modelos biológicos e evolutivos para outros seres,
devido ao seu tamanho reduzido e ciclo de vida curto; assim podem ser
facilmente criados em laboratório. Há ainda um outro problema por trás disso
tudo, que é a questão ética. Muitas pesquisas são feitas com insetos porque não
podem ser feitas com outros animais. Alguns insetos têm importância médica por
causarem doenças em animais ou em homens, outros por estarem sendo utilizados
para o tratamento de doenças.
O estudo dos insetos tem ajudado
muitos cientistas a resolverem problemas relacionados com hereditariedade,
evolução, medicina, agricultura, sociologia e outras questões mais. Por isso, o
nome que é dado a um inseto ou qualquer outro ser é universal e é base de toda
a comunicação entre os pesquisadores e de toda pesquisa.
A finalidade da nomenclatura
zoológica é dar nomes aos diferentes táxons das classificações. Ela foi
desenvolvida por Caroli Linnaei (1707-1778), conhecido normalmente como Carl
von Linné, ou mais frequentemente por Lineu, no século XVIII durante o período
de grande expansão da história natural. A taxonomia classifica os seres vivos
em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos,
Filos são divididos em Classes, então em Ordens, Famílias, Gêneros e Espécies.
Quando um cientista descobre um
novo inseto, por exemplo, ele procura classificá-lo dentro de uma categoria já
existente, baseado em uma lógica estabelecida, verifica a qual família e
gênero ele pertence e, por fim, escolhe um nome para a nova espécie. Lineu
estabeleceu o mais usado padrão de classificação taxonômica. Atualmente, a
taxonomia é aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se à
classificação de coisas ou aos princípios subjacentes da classificação. Já o Código
de Nomenclatura Zoológica (CNZ) tem por finalidade promover a estabilidade e a
universalidade do nome científico dos animais de tal modo que só tenham um nome
e adota como norma fundamental a Lei da Prioridade, isto é, o nome válido de um
táxon é o nome disponível mais antigo aplicado a ele e que não seja anterior ao
ano de 1758 (ano em que saiu a 10ª edição do livro “Systema Naturae”) e que não
seja invalidado por quaisquer disposições do CNZ.
Fonte:
-
http://www.insecta.ufv.br/Entomologia/ent/disciplina/ban%20160/AULAT/aula2/Diversidade.html
-
https://halley.adm-serv.ufmg.br/ica/wp-content/uploads/2017/06/Apostila_Entomologia_Basica.pdf
-
https://www.estudokids.com.br/importancia-dos-insetos/
Texto 2
COMO USAR A CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO
PARA ORDENS DE INSETOS
- Observar os insetos e verificar se apresentam o corpo dividido em: cabeça, tórax e abdome; se possuem três pares de pernas localizadas no tórax e um par de antenas na cabeça. Caso encontre animais com 4 pares de pernas (aracnídeos) ou mais (diplópodes, quilópodes ou crustáceos), estes não se enquadrarão na chave da Tabela 1;
- Relacionar as características morfológicas do inseto para determinar a qual ordem este pertence, usando a chave de identificação. Esta chave se baseia na dicotomia (modalidade de classificação em que cada uma das divisões e subdivisões contém apenas dois termos) das características morfológicas apresentadas pelos insetos e deve ser usada da seguinte maneira. Com o inseto colocado sobre uma folha de papel ou a ilustração nítida dele, por exemplo, a primeira coisa que deve ser feita é ler o item 1 da chave, onde está escrito: “1.a. - Insetos com asas conspícuas (aparente, visível, perceptível)” e “1.b. - Asas não conspícuas ou ausentes”. Verifique então essa característica no inseto. Se estiver de acordo com o item “1.a.” (se tiver asas conspícuas), siga para o item do número da coluna à direita, ou seja, 2. E se o inseto se encaixar no item “1.b.” (se as asas forem não conspícuas ou ausentes), faça a mesma coisa: siga para o item do número da coluna à direita, ou seja, 11.
- Após a identificação da ordem dos espécimes observados, pesquisar o nome popular dos insetos desconhecidos.
Tabela 1 - Chave de Identificação para
Ordens de Insetos
Figura 1: Tipos de aparelho bucal de insetos: mastigador
(A), sugador labial (B), sugador maxilar (C) e lambedor (D).
Figura 2: Tipos de asas de insetos: membranosas (A), com
escamas (B), carapaça (C), coriácea e membranosa nas extremidades (D) e
membranosas com muitas nervuras (E).